Arquivo do dia: 19 de abril de 2011

Homem liberta ex-esposa que mantinha há mais de 30 horas como refém, em Aracaju

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O homem que mantinha sua ex-esposa em cárcere privado há mais de um dia em Aracaju se entregou por volta das 14h45min deste terça-feira, após cerca de 30 horas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a mulher foi liberada após um novo bloco de negociações entre o sequestrador e policiais civis e militares.

A psicóloga Alessandra Andrade, da Defensoria Pública, também participou das negociações. A vítima Cristielane Caetano Mota Santos, de 21 anos, e José Elígio Tavares foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhados para um hospital da região.

A secretaria não divulgou o nome do hospital por motivo de segurança. Com José Elígio, foi apreendido um revólver calibre 38. O sequestrador será analisado por um psiquiatra e, dependendo de sua avaliação, responderá pelo crime.

Por volta das 9 horas de segunda-feira, o rapaz, armado com um revólver, entrou na casa e, após discutir com a ex-mulher, disparou contra uma das pernas dela, atingindo a vítima de raspão. O alerta para a Polícia Militar foi dado pelos vizinhos.

Ele permitiu a entrada de uma equipe do Samu para que fosse realizado um curativo na perna da vítima. O casal, que tem um filho de 5 anos, viveu junto durante 7 anos.

Segundo testemunhas, cansada de apanhar do marido, Cristielane, há 20 dias, resolveu se separar de José Elígio ao saber que ele havia pedido demissão do trabalho e comprado um revólver.

Segundo a polícia, a maior preocupação de José Elígio nas primeiras horas de negociação era saber quanto tempo de pena pegaria pelo crime. A negociação foi dificultada, pois o acusado não fazia exigência alguma para se entregar.

Notícia retirada do Portal Zero Hora

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Fácil de Matar: Prostituição, escravidão e morte marcam brasileiras vítimas do tráfico

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O convite chegou por uma amiga. Viver no exterior, ganhar em euros, mudar de vida… Quem sabe até se casar. Toparam Fátima, Socorro, Verônica, Iulsa e milhares de brasileiras recrutadas anualmente pelas máfias especializadas em tráfico de pessoas. Não há uma estimativa do número de mulheres levadas ao exterior para fins de exploração sexual. O que se sabe é que as organizações estão cada vez mais violentas. E fazendo cada vez mais vítimas.

Vinte brasileiras estão desaparecidas em países europeus. A principal suspeita é de que tenham sido assassinadas pelos grupos organizados. O paradeiro delas é totalmente desconhecido há pelo menos quatro anos. Diversas tentativas de localização, inclusive das polícias brasileiras e internacionais, foram feitas sem sucesso.

Em média, 30% das mortes de brasileiros no exterior estão relacionadas ao tráfico de pessoas. A maioria das vítimas são mulheres que, fora do país, trabalham como prostitutas. Têm entre 18 e 35 anos e não passaram do ensino fundamental. São de famílias de baixa renda e já desembarcam endividadas com os patrões. Precisam se submeter a uma rotina exaustiva de violência sexual e psicológica para pagar a viagem, a hospedagem e a alimentação.

“As investigações mostram que as quadrilhas estão se aprimorando. Algumas mulheres não aguentam a escravidão a que são submetidas. Tentam fugir e são mortas. Outras são assassinadas como uma espécie de queima de arquivo mesmo. Sabem como funcionam aquela rede e estão dispostas a denunciar”, explica o assessor de Relações Internacionais do estado de Goiás, Elie Chidiac, estado de origem das vítimas e da maioria das mulheres traficadas no país.

Para despistar, as organizações criminosas tentam maquiar os crimes levantando hipóteses de suicídio e de assassinato cometido por companheiros das vítimas. Isso ocorreu no início do ano com Magda Silva, morta no interior de São Paulo, e com uma goiana encontrada sem vida em Portugal há duas semanas. A família, que preferiu não se identificar, não acredita que a mulher de 35 anos e mãe de dois filhos no Brasil tenha se enforcado.

No ano passado, quatro brasileiras foram mortas no exterior. Uma delas, Veronica Crosati, foi esfaqueada dentro de casa na Itália. A garota de programa já tinha procurado organizações não governamentais que prestam assistência às mulheres vítimas da prostituição no exterior. Depois de anos de escravidão, queria denunciar seus algozes.

Monitoradas
No Brasil, os aliciadores, além de identificarem o potencial das mulheres, têm entre suas atribuições o monitoramento das garotas que retornam ao país. Letícia Peres Mourão saiu de Goiás rumo à Espanha. Dividiu oito anos em pelo menos três cidades — Barcelona, Vilanova y La Geltrú e Tarragona. Ela denunciou o horror enfrentado nos bordéis e voltou ao Brasil em dezembro de 2008. Mudou-se para o Guará (DF), onde foi assassinada. Ficou comprovado nas investigações que o crime ocorreu a mando de uma organização criminosa dona de seis prostíbulos na Espanha.

Apesar do número de brasileiras vivendo em outros países, a Secretaria de Políticas para Mulheres não mantém canal de denúncia ou mesmo um programa de atendimento a esse público. Segundo o órgão, o Ministério das Relações Exteriores é responsável pelas brasileiras no exterior, inclusive pelos casos de morte ou desaparecimento. No ano passado, a Polícia Federal abriu 76 inquéritos para investigar o tráfico de pessoas no Brasil.

Reportagem do Correio Braziliense

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Fácil de Matar: Violência contra mulheres no interior no Brasil resiste ao tempo

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A violência no interior do Brasil resiste ao tempo. Perpetua-se pela vulnerabilidade das vítimas e pelas falhas do Estado. Enquanto houve um aumento médio de 30% nos casos de femicídio —  assassinato de mulheres —, na última década, no Brasil, o recorte desse tipo de crime no interior do país é ainda mais preocupante. No Pará, o crescimento foi de 256%. Passou de 63 casos para 226. Na Paraíba, em 2000, 44 mulheres foram assassinadas, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano passado, 112.

“O drama das mulheres no interior é que elas estão longe das delegacias e de outros serviços de assistência. Muitas vezes, elas começam a sofrer pequenas manifestações de violência e, como não têm a quem recorrer, vão crescendo numa escalada que pode chegar ao homicídio”, afirma a psicóloga Lenira Silveira, que trabalhou durante 18 anos na Casa Eliane de Gramont, instituição de São Paulo especializada em atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica.

Na zona rural de Planaltina de Goiás, Andréia da Silva Oliveira foi assassinada aos 15 anos com uma peixeira. Acabava ali o sonho de ser mãe que a acompanhava desde pequena. Ela ainda brincava de bonecas quando descobriu estar grávida de um casal de gêmeos. Recebeu 57 facadas de Francisco das Chagas Cardoso, 54 anos.

Os dois trabalhavam na feira central da cidade. Um interesse não correspondido teria sido a motivação para o assassinato. Mesmo após um ano e três meses da morte de Andréia, o pai dela, Damião Caetano de Oliveir, 42, entra e sai da sala da casa onde mora e se mostra transtornado em recuperar na memória os detalhes do crime que destruiu os planos ainda imaturos da filha. “Ela falava que ia ganhar na loteria para tirar a gente daqui”, emociona-se Maria Eva Pereira, mãe da jovem assassinada.

Herança 
“O que se percebe é que nessas regiões ainda predomina uma situação patriarcal e o domínio masculino. A mulher ainda é vista como objeto, como propriedade do homem, que não trata a companheira com respeito, mas à base da submissão. Assim, quando a mulher faz qualquer coisa errada ou tem algum vacilo, o homem recorre à violência e não ao diálogo”, afirma o delegado de Barbalha (CE), Marcos Antonio dos Santos. Na região, 173 mulheres foram mortas nos últimos 10 anos. Boa parte dos crimes na zona rural. Para conter os assassinatos, segundo o delegado, é preciso muito mais do que a criação de delegacias e juizados especializados. “Só mesmo um trabalho de conscientização para que os filhos desses agressores tenham mais respeito com as futuras mulheres.”

No Vale do Jequitinhonha (MG), Luciene Pereira de Sousa foi assassinada com golpes de foice, em 11 de fevereiro deste ano, pelo ex-namorado, o lavrador Antônio Rodrigues dos Santos, 21 anos. O irmão da jovem, Gleuson Pereira de Sousa, ao tentar defendê-la, teve o antebraço esquerdo decepado, mas resistiu aos ferimentos. Antônio foi preso no dia seguinte em Araçuaí, cidade vizinha a Novo Cruzeiro, onde o crime ocorreu. Ele confessou ter premeditado a morte da ex. Integrante de uma família de quatro irmãos, Luciene era muito tímida e quase nunca ia à área urbana.

Amedrontada e querendo esquecer a tragédia, a família da adolescente deixou a comunidade do Córrego do Rabelo. Mora hoje em Grupiara, localidade de difícil acesso na zona rural de Novo Cruzeiro, a 44 quilômetros da sede do município. No lugar, só se chega de moto, a cavalo ou a pé devido à precariedade das estradas da região.

Reportagem do Correio Braziliense

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Jovem que teve cabeça esmagada por bloco de concreto pelo ex-namorado ficará tetraplégica, caso sobreviva

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Depois de deixar a ex-amasia em coma com esmagamento do crânio e face, provocado por golpes de um bloco de concreto, na madrugada deste domingo (17), Adriano Gomes da Costa, 22 anos, vulgo “Gordinho”, se apresentou no início da tarde desta segunda-feira (18) à autoridade Policial de Itaporã.

Acompanhado de seu advogado, Adriano ao ser ouvido pelo delegado titular de Itaporã Dr. Wisnton Romão Albres Garcia, confessou que realmente tentou matar sua ex-amasia, G. M. D. M..

Após ouvir o agressor, a polícia judiciária instaurou o inquérito e em seguida deu voz de prisão a Adriano Gomes da Costa, que foi recolhido na carceragem da Delegacia de Polícia de Itaporã, onde ficará à disposição da Justiça.

Pedido de Prisão Preventiva

O Delegado de Itaporã pediu a prisão preventiva de Adriano Gomes da Costa, no final da manhã de ontem, depois de ouvir testemunhas sobre o caso.

As testemunhas que foram espontaneamente até aquela unidade policial relataram fatos que comprometem ainda mais a situação de “Gordinho”.

Com base nas justificativas apresentadas pelo Delegado, o juiz da comarca de Itaporã, Dr. Adriano da Rosa Bastos decretou a prisão do agressor.

Estado Vegetativo

G.M. encontra-se internada na UTI do Hospital Evangélico de Dourados, em coma, se mantendo viva com ajuda de equipamentos.

Segundo a mãe da vítima, caso ela resista as próximas horas, deverá ficar tetraplégica. (Com informações de Antônio Carlos Ferrari)

Notícia retirada do Portal MidiaMax

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19 de Abril de 2011

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 Crislânia, 22 anos, morreu após ter levado um tiro na cabeça do ex-namorado.

Recife, PE

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 Natane, 18 anos, foi assassinada pelo marido por estrangulamento.

Goiânia, GO

Leia a notícia aqui e aqui e aqui

 Elisabete, de 31 anos, foi morta a facadas pelo marido.

Fortaleza, CE

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  Hilda Lucélia, 53 anos, foi assassinada pelo marido, que se matou em seguida. O casal estava em processo de separação.

Medianeira, PR

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 Juciane, 20 anos, foi assassinada a facadas pelo ex-marido. O homem também feriu a mãe e a irmã (que está em estado grave) de Juciane, que tentaram protegê-la. O homem se matou em seguida. Ele havia sido preso no dia 20 de janeiro por violência doméstica.

São Miguel do Iguaçu, PR

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Arquivado em Crislânia, Elisabete, Hilda Lucélia, Juciane, Natane

Juíza solta assassino de Mariana, jovem degolada dentro de uma escola em Campo Grande

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A juíza Elizabeth Louro, do 4º Tribunal do Júri da Capital, negou o pedido de prisão preventiva do vigia Luiz Carlos Oliveira, de 50 anos, que confessou ter assassinado a universitária Mariana Gonçalves de Souza, de 21, dentro da escola da família da vítima, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, no dia 7 de março. Luiz Carlos estava preso temporariamente por 30 dias desde 8 de março, quando se apresentou na 33ª DP (Realengo) e confessou o crime.

Com a decisão, tomada no último dia 7 de abril, o prazo da prisão temporária expirou, e Luiz Carlos foi colocado em liberdade.

Em seu despacho, a magistrada alegou que “o denunciado teve a iniciativa espontânea de comparecer à DP no dia seguinte aos fatos, para prestar declarações, onde, aliás, confessou a conduta”. Ainda segundo a juíza, Luiz Carlos “forneceu o endereço de sua irmã como o local onde poderá ser encontrado, circunstâncias que surgem de molde a afastar o pressuposto atinente com a garantia da futura aplicação da lei penal”.

A magistrada explicou que “a gravidade do delito não é elemento caracterizador, por si só, da necessidade da prisão cautelar”.

Por fim, a magistrada escreveu que “o fato, em si, isoladamente, sequer pode fazer supor que o agente vá voltar a delinquir, dado o caráter absolutamente pessoal e emocionalmente dirigido da conduta. Não bastasse isso, o choque causado à comunidade e o clamor social invocado pelo promotor de Justiça não se me afigura efetivamente presente, até porque clamor público não se confunde com repercussão midiática”.

Notícia retirada do Portal Extra

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Homem é preso depois de fazer namorada refém por 3 horas, em Minas

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Um homem de 27 anos manteve a namorada presa em casa sob ameaças, na tarde desta terça-feira. Segundo o sargento Alcântara do 49º Batalhão da Polícia Militar (PM), o agressor é usuário de drogas e estava sob efeito de entorpecentes.

Frederico Araújo Pereira pegou a namorada Karine Aline Silva, de 23 anos, e levou a jovem para a casa dele. De acordo com o militar, os dois moram no mesmo lote em residências separadas, na Rua Jair de Almeira Costa, Bairro Mantiqueira, em Venda Nova. Ele não estava armado e usou de força física para agredir a namorada.

Militares chegaram ao local e conseguiram negociar com Frederico para que liberasse a jovem. O agressor foi preso e encaminhado à Delegacia de Mulheres. Ele não explicou à PM o motivo pelo qual agrediu a namorada. Karine não ficou ferida durante a ação.

Notícia aqui e aqui

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Cristielane: o drama anunciado e a ameaça ignorada

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José Elígio Tavares e Cristielane eram casados havia sete anos e há 20 dias ela rompeu o relacionamento. Desde então, ela vinha sofrendo ameaças. Na última sexta (15), ela foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência contra o ex-marido. Cristielane é mantida refém há mais de 24 horas.

Quando que as delegacias vão levar a sério as denúncias das mulheres? Quantas mulheres precisarão morrer nas mãos dos seus pré-anunciados algozes para as autoridades entenderem que esses homens estão dispostos a cumprir suas ameaças? Quando a Lei Maria da Penha será usada para de fato proteger as mulheres, em vez de se punir os agressores (muito mal e parcamente) quando a violência já se fez valer no seu estágio máximo?

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Homem mantém ex-esposa refém há mais de 20 horas em Aracaju

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A jovem Cristielane Caetano Mota Santos, de 21 anos, continua mantida em cárcere privado pelo ex-marido José Elígio Tavares, de 24 anos, em sua residência situada na rua Tenente Wendel Quaranta, no bairro Suíssa. Desde as 9 horas desta segunda-feira (18), a polícia tenta finalizar a situação, sem sucesso. Às 23:40 horas o clima era de tensão e medo. A insistência em não se entregar por parte de Elígio e a posição da polícia em não invadir a casa em que se encontra o casal prolongam a tensa situação. Após pouco mais de 12 horas com a arma apontada para a vítima, o autor mostra sinais de cansaço.

Já nesta terça-feira, por volta de 1 hora da madrugada, o quadro continuava o mesmo. Policiais sem querer invadir a casa, para vencer José Elígio pelo cansaço. Sob chuva intensa o pessoal continua em frente à casa de Cristielane e a informação mais recente é que ele passou parte da noite no celular com um tio, que o aconselhava a se entregar, mas ele não obedeceu.
Durante todo o dia diversas equipes das Polícias Civil e Militar estiveram no local para tentar negociar com o autor do cárcere e também conter a população que se aglomerou nas proximidades da casa em que ocorre o fato. Pelo menos seis delegados estiveram montando uma estratégia de ação. Um oficial da Polícia Militar e o coordenador do Complexo de Operações Policiais Especiais – Cope –, delegado Everton Santos, tiveram mais próximos do casal, tentando negociar com Elígio a sua rendição.

Logo pela manhã a polícia recebeu a informação de que a vítima havia sido atingida por um tiro de raspão em uma das pernas. Após grande insistência, o autor permitiu a entrada na residência de um socorrista do Atendimento Móvel de Urgência – Samu – que ficou presente no local durante toda a ação. Já durante a tarde, Elígio ainda tentou negociar uma troca de refém, pedindo a substituição da ex-mulher pelo pai dela, o que não foi aceito.

Mesmo com o prolongamento da ação, a polícia insistiu em não efetuar a invasão. “Vamos aguardar que ele se entregue. Uma invasão será o nosso último passo”, indicou o delegado Fernando Melo, coordenador das Delegacias da Capital. As luzes da casa também foram cortadas, como tentativa de inibir a ação do rapaz.

Notícia retirada do Portal Imprensa1

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