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Pedro Souza de 45 anos, acusado de atear fogo em sua própria mulher, na cidade de Itapecerica da Serra, em janeiro, foi preso em flagrante nesta segunda-feira, dia 28 de março, após denúncia anônima que indicou o local onde Souza estava trabalhando. Nilza Aparecida Pereira, vítima de Souza morreu, com praticamente 80% do corpo queimado, em fevereiro, exatamente um mês após as agressões do marido e pai de seus filhos.
“Conseguimos efetuar a prisão do acusado, por meio de uma denúncia que informou que Souza, estava trabalhando na Avenida Raimundo Pereira Magalhães, bairro Pirituba, na Zona Norte de São Paulo, como pintor em uma Igreja Evangélica. Quando chegamos ao local, abordamos e confirmamos a versão da denúncia. Entramos em contato com a Delegacia de Itapecerica, que pelas características descritas comprovou que o individuo é o autor do crime”, contaram os Policiais Militares do 20 Batalhão de Trânsito das zonas Leste e Norte de SP, tenente Júlio César e Soldados Thiago e Frias.
Segundo os PMs, no início da abordagem Souza negou ser autor do crime, “ele afirmou que veio da Bahia e estava trabalhando como pintor na igreja”, finalizaram.
Pedro de Souza responderá por homicídio qualificado com emprego de veneno, tortura, ou outro meio cruel e por motivo torpe, artigo 121, parágrafos 2, incisos I e III do Código Penal Brasileiro. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de prisão. A ocorrência foi registrada no Distrito Policial de Itapecerica da Serra.
Familiares da vítima
Um misto de tristeza, dor, revolta e justiça, marcaram a presença da família de Nilza Aparecida Pereira, na delegacia central da cidade. Querendo fazer justiça com as mãos, filhos, pais e parentes próximos da vítima, gritaram, choraram e pediram que Souza pague pelo crime que cometeu.
“Ele sempre foi muito violento, ele achava que minha mãe traia ele, mas não traia. Ele sempre a espancava, até quando estava grávida”, contou o filho mais novo de Nilza. Filha de Nilza e Souza confirmou a reportagem que diversas vezes foi violentada pelo pai.
Gritos de assassino e muita revolta tomaram conta dos familiares quando Souza foi retirado da Delegacia, dentro de uma viatura da Polícia Civil, no início da noite.
Relembre o caso
O mandado de prisão temporária de 30 dias foi decretado nesta quinta-feira dia 27 de janeiro após Nilza Aparecida Pereira, 36 anos, sofrer com as agressões do marido. “Ele amarrou Nilza e ateou fogo. Segundo contou a vítima, Souza ficou observando seu corpo queimar e depois a soltou. Nilza foi localizada com vida na mata próxima à Rodovia Régis Bittencourt por populares”, contou a investigadora da cidade, Rosana.
A vítima ficou com 80% do corpo queimado e permaneceu, até o final de fevereiro em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas. Os primeiros atendimentos foram realizados no Pronto Socorro central e Hospital Geral de Itapecerica.
“Antes de ser transferida, a administração do PS informou à Polícia Militar sobre as queimaduras da vítima, e um Policial Militar foi até o local para se inteirar dos fatos. Consciente, Nilza contou a agressão ao PM”, disse Rosana.
Pedro Souza já tem outras passagens criminais por furto, estelionato, dois estupros, um contra a sua própria filha e vizinha entre outros crimes.
Notícia retirada do Portal Jornal na Net